domingo, 29 de julho de 2012

ROMEU TEIXEIRA CAMPOS, PADRE CASADO DE MINAS GERAIS, DECIDE VOLTAR AO MINISTÉRIO SACERDOTAL:


"Estou voltando às funções sacerdotais por própria conta, independente de autorização ou da aceitação de alguma autoridade da Igreja Católica".

Através de um canal de comunicação do Movimento das Famílias dos Padres Casados (MFPC) chegou em nossas mãos o seguinte extenso manifesto, o qual consideramos importante ser publicado neste blog, apresentando os pontos mais relevantes.
(Postado por Geraldo Frencken, membro do Movimento por uma Formação Cristã Libertadora e do Movimento das Famílias dos Padres Casados)

ROMEU TEIXEIRA CAMPOS é padre casado, tem três filhos, 82 anos e mora em Santa Luzia (MG). Ele é ligado à instituição NÓS SOMOS IGREJA. É membro ativo, durante muitos anos, do Movimento das Famílias dos Padres casados (MFPC) e um de seus animadores. Estudioso de temas religiosos, licenciado em filosofia, graduado em teologia, bacharel em tradução, advogado aposentado.

"O encorajamento a essa declaração minha se alinha com o movimento de desobediência que está em curso em alguns países do centro da Europa incluindo um número considerável de “leigos” católicos conscientes e de alguns sacerdotes também. O Movimento Internacional “Nós Somos Igreja” parece ser um parceiro importante e, no caso do Brasil, ao que sabemos, nenhum grupo se declara partidário da iniciativa de desobediência, a não ser o nosso pequeníssimo grupo denominado NUNSI, cuja sede é nossa casa aqui em Santa Luzia-MG. NUNSI quer dizer Núcleo de Nós Somos Igreja. Durante quarenta e quatro anos cumprimos o Rescrito Papal que nos impunha o afastamento de qualquer ato próprio das funções sacerdotais, tempo suficiente para que estudos teológicos nos convencessem da ilicitude e da invalidade desse ato, nulo de pleno direito, além de altamente incoerente para quem sempre ensinou a indelebilidade do caráter sacerdotal. A punição que cai sobre o sacerdote que opta pelo matrimônio não tem base em delito algum, pois o sacramento do matrimônio não pode ser visto como delito. O sujeito desse sacramento, como tal, não é penalizável por isso, pois o matrimônio é um sacramento como os demais, não podendo, portanto, ser tratado como se tivesse a triste característica de manchar, sujar ou invalidar algum ato sagrado. O procedimento atual da cúpula eclesiástica para com seus sacerdotes parece obedecer aos comandos de uma heresia.”

MANIFESTO AOS PARENTES,
CONTERRÂNEOS E AMIGOS

CAUTELAS E RESSALVAS
Valorização das pessoas “leigas” e democracia na Igreja são, ao lado da Igreja Doméstica, os pontos-chave da Igreja do Futuro que queremos. [.....]

1 - Nossos esforços são, sobretudo, na área da Evangelização por julgarmos ser esta a área mais frágil da Igreja Católica que carregou na sacramentalização e nos aspectos
exteriores em detrimento da fundamentação das práticas religiosas centrada no conhecimento histórico e no entendimento bíblico, dois eixos descurados até agora.

2 – A revitalização das práticas religiosas será obra do grau de conscientização do próprio Povo de Deus e não obra de alguma lei baixada por alguma autoridade e de cima para baixo. [.....] O desafio que se impõe aos que abraçam a revitalização é esse trabalho de conscientização e de evangelização. Aos não ordenados do Povo de Deus, acordados do sono da passividade e dispostos a assumir não só os seus deveres, mas também os seus direitos, uma tarefa imensa e prolongada se anuncia e se impõe.

3 - Já que os templos, as igrejas e os diversos recintos onde o povo se aglomera não serão facultados aos que se entregam ao grande projeto de revitalização da Igreja Católica pelo fato de tais recintos serem geridos pelos que exercem o poder religioso e preferirem manter-se na linha antiga, deveremos trabalhar no sentido de uma Igreja Doméstica. [.....]. 4 – [.....]

5 – A Igreja Doméstica a que aludimos foi o modelo durante um bom tempo seguido pelos cristãos como atestam em vários tópicos os Atos dos Apóstolos. Além do mais, são muitos os teólogos e eclesiólogos a apontar a necessidade de um outro sistema eclesiástico diferente deste que, baseando-se em divisões territoriais do antigo Império Romano ( dioceses, paróquias, etc.), mostram-se esgotados.

6 – “Paróquia virtual” é uma expressão que provisoriamente pode ser usada para nomear todas as pessoas que aderirem às novas idéias de revitalização [.....] . 7 – [.....]

8 – Por fim, algo muitíssimo importante. [.....] Já há muito tempo defendo que, como no princípio da Igreja (com os primeiríssimos cristãos) quem deve autorizar a celebração é a comunidade, é o povo. É o povo que deve indicar, em cada ocasião, quem é que vai presidir a Missa. Aliás, muito bem diz a nossa Constituição Federal, no seu artigo primeiro, é do povo que emana todo poder.

9 – A valorização do “leigo” está por toda a parte nesse projeto ao qual aderi, incluindo o fim da hegemonia absoluta do clero que, com honrosas exceções, tem contrariado de cheio as recomendações do nosso Divino Mestre em Mt 20,24-28; Lc 22,24-27; Mc 9,33-37; Jo 13,4-15. [.....] . 10 – [.....]

Nota Final: A divulgação do Manifesto é essencial em todos os pontos de vista. Meus blogues: www.http://consensonafe.blogspot.com e asspop.hotmail.com


Ciao! Abraço do servo

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