sexta-feira, 31 de agosto de 2012

ABERTURA OFICIAL DO SIMPÓSIO TEOLÓGICO DOS 50 ANOS CONCÍLIO VATICANO II E OS 40 ANOS DA TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO




Fortaleza, 30 de Agosto de 2012.

Amigos e amigas, boa noite! Eu sou Cleide e eu João

É com grande alegria que nós do Movimento Formação Cristã Libertadora recebemos vocês, para juntos e juntas, dialogarmos sobre tema tão relevante para a Igreja como para a sociedade em geral. Antes, de fazer referencia ao tema, torna-se necessária uma apresentação do que é o Movimento Formação Cristã Libertadora e em que consiste a sua existência.
O Movimento por uma Formação Cristã Libertadora tem mais de um ano de existência, ele nasceu de uma insatisfação com a crescente irrelevância do ensino teológico-catequético na preparação de cristão para as grandes questões humanitárias de nossa época. Somos homens e mulheres de diversas denominações cristãs que nos organizamos para somar forças, afim de oferecer uma alternativa na concepção/vivência do ser cristão, tentando, através de uma reflexão séria e adulta apresentar para as pessoas com uma linguagem moderna  que “outro Cristianismo é possível”. Queremos praticar uma vivência cristã, sensível ao drama dos empobrecidos e marginalizados de nossa sociedade, respeitador e acolhedor no trato com pessoas de outras orientações de vida e aberto para a vivência sadia com as diversas expressões de fé.
Em 2011, oferecemos dois colóquios teológicos e este ano mais um, que abordaram questões relevantes a experiência do ser cristão: o primeiro teve como tema,“E vós, quem dizeis que eu sou?” Tratou dos diversos imaginários que foram criados acerca de Jesus de Nazaré, o segundo, aprofundou a temática da Igreja com o tema, “Jesus anunciou o Reino de Deus, vieram as Igrejas”. E neste ano, nosso colóquio tratou da experiência da emancipação humana, tentando demonstrar em que sentido às Igrejas foram fontes de emancipação da humanidade e/ou expressões de opressão. Todos esses colóquios tiveram como objetivo maior preparar o público que conosco refletiu, para comemorar, neste ano de 2012, os 50 anos do Concílio Vaticano II e os 40 anos da Teologia da Libertação. Alegre motivo de estarmos aqui nesta noite!


Em nosso simpósio queremos discutir como o Concílio Vaticano II foi expressão maior da abertura da Igreja para os “tempos modernos”, modificando de forma significativa a relação da Igreja com as ciências seculares e desenvolvendo uma postura dialogal, não condenatória, além de ser um “aggiornamento” para a própria vida eclesial. A atualização do Concílio Vaticano II para a América Latina, desenvolveu junto com cristãos comprometidos com a libertação do povo, que era oprimido pelas ditaduras e pelos mais diversos tipos de explorações (econômica, social, política), a conhecida, polêmica e sempre presente, desde então, Teologia da Libertação. Queremos neste evento relembrar em que consiste o seu ser cristão, e quais são as mudanças significativas e irrenunciáveis que ela trouxe para Igreja, sobretudo, da América Latina.
Não podemos deixar de agradecer as entidades que nos ajudaram a realizar este evento: a livraria Paulus, Vozes, a Fundação Beto Sturdat, O Grupo e ao Centro de Pastoral Maria Mãe da Igreja, na pessoa da Conceição, a eles nosso muito obrigado!
Na preparação deste evento houveram muitas dificuldades e pessoas que, de certa forma, tentaram atrapalhar, desacreditar e rotular de forma negativa nossa empreitada. Para elas, a Canção dos Violeiros  diz o seguinte:

 “A defesa é natural. Cada qual com os que nascem, seus estilos de agradar. Uns nascem pra trabalhar, outros nascem para a briga, outros vivem de intriga e outros de negociar. Outros vivem de enganar, o mundo só presta assim: é um bom, outro ruim e outro num tem jeito pra dar. E pra acabar de completar: quem tem o mel da o mel, quem tem o fel da o fel, quem nada tem, nada dar”.

Queremos, portanto, declarar aberto o Simpósio Teológico – 50 anos do Concílio Vaticano II e 40 anos da Teologia da Libertação: o que o Espírito diz as Igrejas?

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