quarta-feira, 4 de setembro de 2013

GRITO DOS EXCLUÍDOS 2013



O lema do “Grito dos Excluídos” deste ano é: “Juventude que ousa lutar, constrói o projeto popular”.
O “Grito dos Excluídos” nasceu a partir das pastorais sociais da Igreja Católica e tem o apoio da CNBB. É uma mobilização popular com três objetivos:
1. Denunciar o modelo político e econômico que, ao mesmo tempo, concentra riqueza e renda e condena milhões de pessoas à exclusão social;
2. Tornar público, nas ruas e praças, o rosto desfigurado dos grupos excluídos, vítimas do desemprego, da miséria e da fome;
3. Propor caminhos alternativos ao modelo econômico neoliberal, de forma a desenvolver uma política de inclusão social, com a participação ampla de todos os cidadãos.
Na cidade de Fortaleza a desigualdade social é gritante, resultado de políticas públicas, esvaziadas de qualquer princípio de moralidade e ética, principalmente em relação aos mais pobres da nossa sociedade. Quem se cala, consente. Por isso é preciso participar do “Grito dos Excluídos”, a fim de:
 (1) levantarmos nossa voz contra os gastos exorbitantes com projetos faraônicos de características megalomaníacas abusadas,
 (2) abrir nossos olhos, a fim de percebermos o enorme abismo de poder aquisitivo entre os poucos ricos e os muitos pobres em nossa cidade,
 (3) discutir, a partir da vida e visão dos pobres, meios de acabar com esta insana desigualdade social.
Mais uma observação e a consequente perguntinha básica: como o “Grito” é um movimento que nasceu dentro da Igreja Católica, com total apoio da CNBB, pergunto-me qual explicação se dá ao fato que, nos últimos anos, há uma presença tão fraquinha por parte do clero, como também de religiosos e religiosas, e, consequentemente, do povo das paróquias e dos católicos em geral. Se o Evangelho nos ensina que somos chamados, por Jesus, a sermos “sal da terra” e “luz do mundo” (cf. Mt. 5, 13-16), todos aqueles que se consideram seguidores de Jesus e forem liberados para o serviço ao povo, não podem esquivar-se desta missão e, como nos alerta o Papa Francisco, devem optar, de fato, por “uma Igreja pobre e dos pobres”. E o Papa explica mais: “Os padres devem estar próximos do povo, em particular nas periferias humanas”.
Creio que o “Grito dos Excluídos” sempre nos oferece uma oportunidade para mostrarmos a nossa cara verdadeira. Tenhamos cuidado para que a Igreja, como dizia-nos Dom Helder, “não fique apenas em aplausos!” (“Mariama” - Missa dos Quilombos).
07 DE SETEMBRO: GRITO DOS EXCLUÍDOS CONCENTRAÇÃO: 15:00 H. (EM FRENTE AO SEMINÁRIO DA PRAINHA) CAMINHADA RUMO AO “AQUÁRIO”

Fortaleza, 04-09-2013, Geraldo Frencken

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